quarta-feira, 27 de outubro de 2010

DOCUMENTÁRIO "HOMEM AO MAR" NO MERCADO VELHO 26/10/2010

ARTESÃ MOSTRA A RENDA DE BILRO NO DOCUMENTÁRIO “HOMEM AO MAR”
O Café e Restaurante Mercado Velho foi palco de mais uma filmagem do documentário “Homem ao Mar – A Cultura Açoriana no Imaginário Brasileiro” ontem (26/10), quando a artesã Erotides da Silva Delfino apresentou a Renda de Bilro, mais uma tradição açoriana que faz parte do filme.
Moradora de Itajaí há 46 anos, Dona Erotides, 63 anos, nasceu em Imaruí, também município de Santa Catarina, e aprendeu a arte aos 7 anos com sua mãe, que trazia a arte de outras gerações. Ela mostra no filme como fazer o trabalho, tecendo uma sobrecapa para envelope de casamento, encomenda que já está praticamente pronta, diz a artesã. Ela tecia a penúltima peça ontem. Apresentou também lindas peças como trilhos e toalhas de mesa.
Dona Erodites conta que a Renda de Bilro chegou ao Brasil por volta de 1800 trazida direto de Portugal, mais especificamente, do arquipélago dos Açores. “A história que conheço fala que a arte nasceu na Itália e que por volta de 1600 chegou a Portugal. Ela tinha o nome “Ponto no Ar” e Portugal já tinha a renda como uma arte de forte expressão nas regiões pesqueiras. Aqui no Brasil, se firmou em cidades litorâneas também, como Florianópolis, Salvador e outras no Nordeste. Infelizmente, não é um trabalho reconhecido como merece, e cada vez é mais raro ser passado para os jovens de hoje”, comenta a artesã. As portugueses trouxeram a renda para enfeitar trajes e alfaias de igreja, além de toalhas, cortinas, lençóis e peças de roupas, que continuam sendo produzidas até hoje.


O DOCUMENTÁRIO
“Homem ao Mar – A Cultura Açoriana no Imaginário Brasileiro” fala da importância da imigração açoriana no Brasil, sua cultura de características únicas, tipicamente brasileira, mesclando conhecimentos e tradições indígenas, negras e coloniais, que construiu um dos mais belos capítulos da história do país. O Café e Restaurante Mercado Velho é um dos apoiadores desse projeto.
O filme é o segundo da Série “Registros do Brasil”, iniciada pelo documentário Povos do Bananal, que mostrou as belezas, os dramas e, fundamentalmente, a cultura dos índios (4 etnias) que habitam o maior conjunto insular do mundo: a Ilha do Bananal, no centro do Brasil. O documentário recebeu Prêmio do Ministério da Cultura, em 2002.


A produtora responsável pela execução do documentário é a paulista Estação TV, há 15 anos no mercado audiovisual realizando filmes publicitários e culturais. O diretor é Marcelo Spomberg, fotógrafo de cinema, premiado por diversos trabalhos em curta e longa metragens, e tem como produtora Danielle Kas.

Contatos:
Dona Erotides: (47) 3348-4091
Danielle Kas (47) 8895-2821

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